O Centro-Oeste realizou pela primeira vez um Encontro de Gerações Nikkeys. Com o tema "Diálogo sobre o passado, presente e futuro das Organizações Nipo-Brasileiras", o evento foi realizado em Brasília, no dia 26/02/2022, no Hotel San Marco.
O objetivo do encontro foi realizar um grande debate acerca da cultura japonesa e as organizações que se empenham em realizar eventos, divulgar a cultura e preservar o legado dos ancestrais que vieram para o Brasil, aqui foram acolhidos e se estabeleceram.
Encontro de gerações nikkeis também tem foco em duas facetas, a de delegação de responsabilidades para uma nova geração e na integração com uma geração de não descendentes. Desde 2007, uma iniciativa do Bunkyo de São Paulo, é realizado anualmente o Fórum de Integração Bunkyo - FIB. O FIB tem o objetivo de promover a troca de experiências, a inspiração, a motivação e o networking entre os participantes, de tal forma que cada esta motivação seja compartilhada e divulgada em suas regiões. Recentemente, foram adaptadas e realizadas de forma online, cuja repercussão foi extremamente positiva ao propiciar e receber participantes das regiões mais distantes do Brasil, como do Norte e Nordeste. É o FIB efetivamente com alcance nacional e todos esperam que haja espaço para a continuidade desta versão virtual.
Prestigiaram o 1º Encontro de Gerações Nikkeys do Centro-Oeste, o Sr. Teiji Hayashi, Embaixador do Japão no Brasil, Dr. Renato Ishikawa, Presidente do Bunkyo São Paulo, Sr. Luiz Nishikawa, Presidente da FEANBRA e o monge Kenzo Doi, do Templo Budista de Brasília.
Palestrantes
Contribuíram com suas experiências e depoimentos, os palestrantes do Bunkyo São Paulo, Renato Ishikawa, Marcelo Hideshima, Hugo Teruya, Patrícia Takehana e Graziela Tamanaha; e os palestrantes da Associação Nipo-Brasileira de Goiás - ANBG, Marco Túlio Toguchi e Felipe Watanabe.
O grande resultado do 1º Encontro de Gerações Nikkeys do Centro-Oeste é propiciar a reunião destas pesssoas, para que se conheçam, exponham seus problemas, debater sugestões para melhorias. O ganho é de todos, especialmente do público das festas e eventos japoneses, da cultura japonesa no Brasil. Descobrir que seus problema não são individuais e que existem pessoas empenhadas em colaborar e ajudar é o melhor dos incentivos que encontros como este e dos FIB têm proporcionado.
Quando os imigrantes japoneses vieram ao Brasil, reuniram-se em grupos e fundaram associações para se encontrar e recordar da terra natal. Após 114 anos, continua a necessidade de se reunir, para levar à frente este legado que recebemos, a incumbência de continuar preservando a cultura, as tradições e o que nos faz nipônicos, sejamos descendentes ou não. Juntos somos mais fortes.
Por Mamoru Matsuda
(NIPPO Brasília e HiJapan Brasil)